terça-feira, 3 de maio de 2011

A Profecia

 Os profetas se calam diante do medo
 Abrangem a solidão que se parte
 Em compartimentos estanques
 Eles dizem: não toquem o vento
 Não percebam a noite ou um engano
 Eles se entristecem noutro lugar
 Adiante não me tenha emoção
 Que cai o velho inciso
 Um manual de sobrevivência
 Nada se transformará na galeria fria
 A gilete que corta , a navalha
 Gente que pede, implora Vida
 Fome, comida, queremos um pouco
 Da terra, Terra Mãe
 Seus filhos te perguntam, algo além
 Livros se queimam, há chamas ao longe
 Viajando por um mar desconhecido
 Oprimidos se refugiam em nós
 Seus sentidos apenas tangentes
 Um deserto em ritmos de marfim
 Elefantes brancos da África
 Desnuda-te e venha, senhor tempo
 Claros testemunhos do silêncio
 O clímax se apavora, inocência
 Abriguem-se nas cavernas ocultas
 Fantasias verdadeiras apreendem nossos dias
 A palavra que mata a morte
 Os espaços se apropriam do insólito
 E tu me dizes vento: A palavra Viva
 Transcende toda substância
 Um mar aberto desvela o véu
 Feito do mais puro mel
 A Profecia se faz
 Vagalumens perambulam

2 comentários:

  1. Parabéns, Anderson! Belo blog, vídeos ótimos, e poemas de muita qualidade. Adorei esse.

    Não está afim de participar de um concurso de poesias? Nós, do blog Autores S/A, estamos promovendo um muito bom, com ótimas premiações. Se eu fosse você, não ficaria de fora. Dê uma lida no regulamento, quem sabe não desperta seu interesse. Grande abraço, Lohan.

    Link do regulamento: http://autoressa.blogspot.com/2011/05/i-concurso-de-poesia-autores-sa.html

    Ou se preferir, acesse: http://autoressa.blogspot.com

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  2. Obrigado Lohan vou ver o regulamento do concurso, um Abraço

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