domingo, 12 de junho de 2011
A Cidade, O Caos
A Cidade, O Caos
Pedaços de concreto limitam os sentidos
Becos, vielas
Trabalhadores, favelas
Os Sonhos e Esperanças dos mais
Humildes
O Caos
As sombras dos prédios
Que escondem as pessoas
E os carros que as dominam
Elas não caminham mais com
As próprias pernas
Suas mentes atrofiadas não Imaginam
O Caos
A Cidade, O Caos
Robôs se vestem rasgados
Alienados
Criaturas que não criam
Seus dotes não existem
Momentos incertos
As marcas
Cicatrizes do desamor
O Caos
Pensamentos tortos
Projeções sem luz
Bebês choram
O tempo anuncia
Eles são vítimas dos números
Eles são programados
Vítimas do Capital
O Caos
A Cidade, O Caos
Insetos perambulam
Homens perambulam
Mendigos sem casa
Casas com mendigos
Cheios de dinheiro
de papel que rasga
Pode queimar
O Caos
Eles aprisionam suas mentes
O capital
Eles mentem
Onde está o homem?
Animais humanos
Se transformam em dinheiro
Em cinzas
O Caos
A Cidade, O Caos
A Monotonia
Encontra as palavras
Ao fechar as cicatrizes
Abertas em combate
Na crítica ao sistema
As Gaiolas humanas
Farpas em transe
Ocultas nas ruínas
Pessoas batendo cabeça
O Caos
Alienadamente
Correm velozes
Mas se enganam
Símbolos emergem
De sua solidão
Mexem-se espasmos
Nas Cidades
Metáforas à noite
Vozes, gemidos
O Caos
A Cidade, O Caos
Um deserto me cria
Um manifesto adormece
A palavra entorpece
Os dentes do tubarão
Eles levam sua alma sem
Piedade
O Caos
Trabalhem Trabalhem
Vou pagar a Vocês
Comida e Educação
Fiquem atentos aos programas
Vocês não podem pensar
Sem reflexos
Robôs, Andróides
O Caos
A Cidade, O Caos
Enigmas envolvem o silêncio
Gotas iridescentes ecoam
Suas roupas de metal
E a ferrugem se cala
Ao nosso redor
Há talvez um vazio frio
Do papel de seda
O Caos
A Cidade, O Caos
A fuga outros irão perceber
Os anos que não passam
Os códigos adormecidos
Sombrios mandamentos
Atacam e devoram
O mundo
Capital, papel crepon
O Caos
A Cidade, O Caos
Cegos enxergam os carros velozes
que se batem
Cegos não enxergam a si mesmos
Insanos se Tornam
Paralíticos paralisam
Eles param, estão parados
Um caleidoscópio de perigos, de limites
A margem aqui, a margem ali
O Caos
A Cidade, O Caos
Pesadelos te esperam na cidade
A televisão te programa
O asfalto te dilacera
Os monstros escondidos sob
As cinzas
O Caos
A Cidade, O Caos
Das Árvores que queimam
E o Neon te confunde
A sela da casa do quarto escuro
a s
O C o
a Ceddia, Saoc O
À margem posso ver
As Testemunhas vivas
Do silêncio que nos separa
Instrumentos da violência se projeta entre nós
o
s a
c o
A decadência
Somos sócios interdependentes
Racionais inconscientes
Adolescentes inconsequentes
Perdidos na rotina
Alienadamente mortos-vivos
Aparentes
O c a o
s
A Cidades, O Caos
A fumaça dos carros
Envolve nossos corpos
A juventude envelhecida
Camelôs por todos os
Lados
Pessoas sem Emprego
Onde está você?
Sem esperança
Sem sentido
Testemunhas vivas da solidão
A vagar, a vagar, a vagar
O Caos
A Cidade, O Caos
A sociedade dilacera
Corpos nus
São insistentemente
Repetitivos
Não se movimentam esperando o
Momento
Simplesmente falando a
Guerra
Plasticamente falando
O Caos
Deixem a vagar
algemas em questão
Lutar, sêmem
O cérebro mexe
Abram as asas
Imagens do Poema
Libertem-se das palavras
à margem não se tocam
O Caos
A Cidade, O Caos
Homens inconscientes
E suas máquinas corrompem
Nossos corpos
Difusos princípios
que se entregam
O Caos
Um Rio trafega sem vida
Particípio
Passado
Reflexos da rotina
Inimigos escondidos
Nas trincheiras
Se vestem em Guerrilhas
Amantes do dinheiro
O caos
A Cidade, O Caos
Sem sonho, sem Poesia
As Praias poluídas
a diversão se torna
Doença
A vida que lembra a morte
Propagandas alucinam
aprisionam suas mentes
Acorrentam os sentidos
Um prato de comida
Um prato de comida
O Caos
A Cidade, O Caos
Vozes em silêncio
Almas que não vo am
O con cre to se que bra
Horizontes sem trajeto
Múltiplas realidades
Crianças que não Criam
O Soa c
Apoteoses sem clímax
Propaganda, Over
Dose
Muitos Mitos
De alguns políticos
Míticos políticos
Mítica política
O o
C s o a a s
A Cidade, O Caos
Eles esquecem de si mesmos
Ilusões do povo
Que vegeta sem clorofila
Não amam
Sobrevivem a tudo
Mortos-vivos enclausurados
No seu destino
O Caos
O néctar, a dor
O desespero da solidão
As vítimas
As Crianças
Seus olhos, as lágrimas
o coas
A Ci da d e , o S a O c
Espaços múltiplos se tornam
Reais
Inter
N
E T
GRANDES e pequenos
Livros sem letras
P a l a r vas
Q u e
b r
ad as
Desordem, confusão
Estrelas que não Brilham
O Caos
A C i da d e , O C a o s
São sementes part idas
Suas jaulas
Apartamentos ausentes
Homens dançando E i e psia
p l
Se espantam no Incosciente
O Caos
Pássaros sem asas
Verdadeiras camisas-de-força
Famílias se separam
A GRANDE família é repartida
Filhos do Capital
Filhos do pa p e l
As drogas embotam suas mentes, mentes
Tu mentes
O Caos
A Cidade, O Caos
A flor que não desabrocha
espasmos a sentir
A Chuva ácida Química
Enferruja nossos Braços
Nossos dedos amarrados
Digitais que não existem
A Massa Amassa
A si mesma
A Massa Amassada
O Caos
Você não pode sonhar
Sem imagens, à Margem
Eles tentam sobreviver
Sem Poesia
Sem sentimento
O Espelho se quebra
Sala de Espelhos quebrada
O Caos
A cidade, O Caos
Pessoas se atropelam
Não há mais tempo
Eles lutam entre si
Animais humanos
Depredam a Cidade
Vozes grunhidos e guinchos
Pa l a v ras em
P e ç
d a
o s
O s aa ooc
O Medo nas esquinas
Um Grito desafina, desa fina
As algemas do Capital
As paredes
Os muros
a vida que lembra a Morte
O A aaa Coo s S
a Cidade, O Caos
Armas apontadas por todos
O s Lados
Balas perdidas podem me atingir
podem me ferir
Incertas notícias se fundem a contemplar
As marcas, feridas navalhas
Que exalam
O Caos
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário